Terra, palha e madeira são alguns dos elementos construtivos usados por uma comunidade rural na República dos Camarões. Além do baixo custo, o grande trunfo do projeto é respeitar a paisagem local – levantando casas harmoniosas com o entorno.
Chamada de Aldeia Warka, a vila é baseada na arquitetura vernacular. Isso significa que são aplicadas técnicas tradicionais de construção e materiais disponíveis localmente, como pedras, bambu e fibras naturais.
Aproveitar os recursos do próprio ambiente em que a edificação é construída reduz desperdícios, gera menos impacto de transporte e menos ruído com o ambiente circundante.
O projeto é conduzido pela organização WarkaWater, do arquiteto italiano Arturo Vittori, que ficou famosa ao desenvolver torres capazes de transformar vapor em água potável. O sistema foi pensado para regiões carentes.
A vila será uma comunidade para os artesãos locais. O local abrigará sete casas de bioconstrução, inspiradas em habitações vernaculares – mas com padrão mais alto de higiene e conforto. Além de banheiros secos, que não necessitam de água ou energia, e ainda um jardim comestível modular, que fornecerá alimentos frescos para os moradores.
As torres de captação de água a partir do ar também não poderia faltar. Duas torres Warka serão instaladas e a capacidade dependerá das condições meteorológicas, porém o objetivo é distribuir entre 40 a 80 litros (10 a 20 galões) de água potável todos os dias.
Esta não é uma nova invenção, mas um conhecimento antigo que perdemos. Olhando para trás, várias culturas têm adotado diferentes estratégias para coletar água do ar de forma sustentável,
afirmou o arquiteto Arturo Vittori em entrevista ao designboom. Ao que o projeto indica, a vila será uma espécie de experimentação de vários projetos ecológicos de seu escritório.
Em construção há 18 meses, já há cerca de 30 pessoas morando no local. A previsão de conclusão é somente para 2022.
Via CicloVivo.